terça-feira, 1 de abril de 2008

TRADIÇÃO PRORROGA INSCRIÇÃO


Devido a dificuldade que algumas pessoas tiveram para gravar e concluir seus sambas, e levando em consideração que a escola só fará sua apresentação no domingo, resolvi prorrogar e aceitar sambas até sábado (05/04). Portanto, quem já mandou e quiser regravar ou fazer alguma alteração, será permitido. A última gravação que enviar é a que vale.

Nossa sinopse está logo abaixo.
Basta gravar o samba com duas passadas em formato WMA ou MP3. E enviar para o e-mail: rafmarcal@gmail.com, ou no msn: rafael_marcal@hotmail.com

sexta-feira, 21 de março de 2008

Disputa de samba 2008


Está aberta as inscrições de samba-enredo para a atual vice-campeã do Carnaval Virtual. A escola lançou o enredo que promete deixar muita gente arrepiada (mais até que o desfile da Viradouro). Com o enredo "Será que ele é?" a escola pretende detonar geral e mostrar de forma satírica que a boiolagem está em todos os setores da vida e vem ao longo da história.

Regras para a disputa:

1- Data limite para entregar o samba: 30/03.
2- A gravação é feita no computador mesmo. Vários sites disponibilizam programas que gravam áudio.
3- É fundamental que a gravação seja em duas passadas.
4- É recomendável que o samba seja gravado com alguma base (bateria, cavaco ou até mesmo batucando na mesa do computador) mas não é obrigatório.
5- O arquivo deverá ser enviado no formato MP3 ou WMA para o e-mail: rafmarcal@gmail.com até a data citada acima.
6- Enviar a letra no corpo do e-mail, evitando arquivos em anexo.
7- Os sambas deverão ter no máximo 4 compositores assinando.
8- O compositor poderá inscrever dois sambas: um assinando sozinho e outro em parceria.
9- É importante entender a idéia do enredo evitando colagem de nomes e frases da sinopse.
10- Não há regras ou restrições quanto ao tamanho do samba: quantidade de versos, ausência ou quantidade de refrões.

PREMIAÇÃO PARA O(S) VENCEDOR(S): Terão a honra e a emoção de ter seu samba gravado pelo intérprete Bruno Revelação.

O mais importante de tudo: Não paga nada para participar. Se você nunca participou de disputa de samba por conta dos gastos que envolve este processo então venha para o Carnaval Virtual e escreva seu samba em nossa disputa.

Divulgue e incentive seus amigos a participarem.

Rafael Nascimento
Presidente da E.C.S.V. Tradição de Bangu

Sinopse - Carnaval 2008


SERÁ QUE ELE É?

Olha a cabeleira do Zezé
Será que ele é? Será que ele é?

Um dos refrões de marchinhas carnavalescas mais cantadas nos dias de folia pelos blocos de rua, que mantém acesa a chama do Carnaval popular carioca, é o mote principal da pergunta que a E.C.S.V. Tradição de Bangu vem fazer em seu desfile: Será que ele é?

Já que a viadagem corre solta por aí desde que o mundo é mundo, nosso enredo começa na PRÉ-HISTÓRIA:


AS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES

Um fóssil humano, do período paleolítico, foi encontrado no sudoeste da França pelos pesquisadores Elbrick Prost e Dominique Joussement contendo vestígio de sêmen no interior do seu canal retal. Ou seja, no escurinho da caverna, em meio a uma pintura rupestre aqui, uma fogueira ali, o troca-troca já acontecia. Isso sem falar no Titanossauro, que alguns milhões de anos antes envergonhou sua família de carnívoros quando resolveu fazer dieta e só comer folhagem. Coisa de viado!

Em aproximadamente 2800 a.c. um autor desconhecido escreveu “A Epopéia de Gilgamesh” que retrata a primeira história de amor homo-erótico vivida pelo personagem Enkidu.

Relações homossexuais são vastamente representadas em tesouros e cerâmicas do Egito Antigo. Na tumba do Faraó Niuserré, em 2600 a.c. os cabeleireiros e manicures da grande casa Niankhkhnum e Khnumhotep, foram retratados em pintura insinuando um beijo.

Na Grécia antiga, com o discurso de conter o crescimento populacional, foi adotada a prática da relação entre adultos nobres e adolescentes plebeus. Tais relações influenciaram os esportes, a literatura, a política, a filosofia, as artes e a cultura, de um modo geral. Neste período também se valorizou a beleza muscular e a nudez atlética.


O BONDE DA REPRESSÃO

No século XIII, O artigo 48 do Código de Gengis-Khan indicava a pena de morte para os homens que tivessem cometido práticas de sodomia.

No século XVI, Rei Henrique VIII, Rei da Inglaterra, criador da Igreja Anglicana, proclama todas as atividades sexuais não-reprodutivas como crime. Além da homossexualidade isso incluía a masturbação, e sexo anal e oral. A proibição foi introduzida através do "Buggery Act" de 1533. A partir deste momento uma onda de proibições, perseguições, condenações são impostas à população. Ser homossexual torna-se crime. É assim na França, Baviera, Índia e na Alemanha.

Durante o Nazismo, os capturados por práticas homossexuais eram obrigados a utilizar o “Triângulo Rosa” preso ao uniforme, identificando o motivo pelo qual estava preso. Mesmo depois da libertação dos prisioneiros de guerra pelos aliados, os homossexuais tiveram que continuar presos cumprindo pena pelo “crime” cometido.


E NO BRASIL...

Muito já se falou na miscigenação brasileira e na força da união das três raças. No entanto se escondeu dos livros de história que brancos, negros e índios se pegavam aos montes por aí. Registros históricos relatam que algumas pinturas corporais indígenas eram utilizadas em noite de relações sexuais entre os principais guerreiros da tribo. Os porões dos navios negreiros e os camarotes das naus portuguesas também presenciaram muito “toma lá, dá cá”, durante as extensas viagens.

Consta ainda que o Padre Frutuoso Álvares foi o primeiro homossexual vítima da inquisição no Brasil e data do mesmo ano o registro de um travesti denominado Francisco Manicongo, escravo no Brasil.

A prática sexual entre homens tomou conta da nobreza, muitos são os contos e fuxicos que marcam de pura sacanagem as relações dentro dos salões nobres do Palácio Imperial.

Aproveitando a comemoração da família real ao Brasil, podemos relatar que segundo o historiador Tobias Monteiro, D. João tinha um caso com o General Francisco Rufino de Sousa Lobato (1773-1830), seu favorito desde Lisboa, 'que o masturbava regularmente'. D. João concedeu a Sousa Lobato o título de Visconde de Vila Nova da Rainha, elevando à nobreza, pela primeira vez, um servidor particular do Palácio.

“Zumbi é Gay...” quem diria? Consta que o apelido foi dado por um padre e seu nome significava “meu neguinho”. Zumbi quando morto teve seu pênis amputado e colocado à boca.

Em “As mulheres do Alferes” o historiador Marcio Jardim afirma que Tiradentes tinha tendências homossexuais.

A Lapa de outrora conheceu o gay mais macho do pedaço: Madame Satã, que no paço da capoeira mandava pro chão polícia, “mané” e ladrão.


A MÚSICA GAY... (COM TROCADILHOS, POR FAVOR!)

Brasil mostra sua cara! Muitos são aqueles que enriqueceram nosso cenário musical. Cazuza, Renato Russo (“Eu gosto de meninos e meninas...”), Ney Matogrosso, Chico Alves, Assis Valente e quem diria? Ismael Silva. Citado por J. S. Trevisan foi referido, inclusive, por Noel Rosa, como alguém que “não quer se apaixonar por mulher”.

Mas o grupo que melhor traduziu este universo e suas transformações foram os “Mamonas Assassinas”.

“ROBOCOP GAY”
(Mamonas Assassinas)

Um tanto quanto másculo
Com M maiúsculo
Vejam só os meus músculos
Que com amor cultivei

Minha pistola é de plástico
Em formato cilíndrico
Sempre me chamam de cínico
Mas o porquê eu não sei

O meu bumbum era flácido
Mas esse assunto é tão místico
Devido ao ato cirúrgico
Hoje me transformei

O meu andar é erótico
Com movimentos atômicos
Sou um amante robótico
Com direito a replay

Um ser humano fantástico
Com poderes titânicos
Foi um moreno simpático
Por quem me apaixonei
E hoje estou tão eufórico
Com mil pedaços biônicos
Ontem eu era católico
Ai, hoje eu sou um GAY!

Abra sua mente
Gay também é gente
Baiano fala oxente
E come vatapá

Você pode ser gótico
Ser punk ou skinhead
Tem gay que é Muhamed
Tentando camuflar
(Allah, meu bom Allah)

Faça bem a barba
Arranque seu bigode
Gaúcho também pode
Não tem que disfarçar

Faça uma plástica
Aí entre na ginástica
Boneca cibernética
Um robocop gay...


SÃO TANTOS PERSONAGENS...

Personagens com estórias de viadagem é o que não faltam por aí.

Nos desenhos infantis Bob Esponja é gay? E o Teletubbies Tinky Winky, será que ele é? Como tantos Smurfs se viravam com apenas uma Smurfete? Batman e Robin... O dinossauro Barney foi motivo de protesto por famílias conservadoras na chegada do seu espetáculo em São Paulo.

Na comédia diária tivemos o seu Piru da Escolinha do Professor Raimundo, Mazarito (personagem do comediante Costinha) Pit Bicha e Pit Bitoca e o Wanderney da sauna gay.

E na novela, o beijo gay sai ou não sai?


CAIU NA REDE...

A tecnologia está a serviço da nação. A Internet encurtou espaços e rompeu barreiras. Hoje, num só click conversamos através de chats com pessoas do mundo inteiro como se estivessem ao nosso lado. E justamente nos chats voltados ao público GLS é que mora o “perigo”.

Muitos dos que possuem dupla sexualidade se aventuram a procurar diversão e relacionamentos nestes chats, onde solteiros, casados, adolescentes, pessoas de qualquer idade usam para liberar seu jeito de ser. Enquanto esposas dedicadas passam horas achando que seus maridos estão no trabalho ou navegando na Internet por conta da realização de algum trabalho, mal sabem que estão é procurando uma diversão com pessoas do mesmo sexo.

Curiosidade? Entrou neste tipo de Chat pra debochar? Não podemos afirmar. Mas tome cuidado! Se as suas esposas, namoradas descobrirem, podem se tornar verdadeiros Pitbulls e você ficar sem reação e miar fino feito uma "gatinha". Será que é?

É preciso ter muito cuidado na hora de marcar alguma aventura. A Internet não dá garantias de quem está do outro lado. Você pode estar achando que está fazendo tudo às escondidas e quando marca dá de cara com algum conhecido. E se pergunta: Será que ele é?

Não importa. Mas que fique a lição... Com o surgimento dos sites especializados em vídeos e a grande propagação de câmeras digitais, tente fugir delas. Principalmente em situações embaraçosas. Se for “brincar” de forma ousada e fora do convencional com pessoas do mesmo sexo é preciso fazer uma varredura: Barre câmeras e celulares, senão... Caiu na câmera escondida, cai na grande rede!


SAMBA E FUTEBOL: PAIXÃO NACIONAL

Futebol: Coisa de machão, daqueles que não se importam em andar sujo e cospem no chão. Que xingam amigos quando não fazem uma grande jogada, que berra com o juiz ladrão que apita contra seu time do coração. Mas sabemos que não é apenas assim... O homossexualismo está em todo lugar. Rompendo, inclusive, as quatro linhas do campo.

Hoje em dia há jogadores que posam em revistas especializadas e até que já se assumiram publicamente. “Eles” podem até achar que o Fluminense é preto e branco ou que o Vasco é vermelho e preto. Pouco importa! Mas estão sempre de olho, seja no juiz ou nas pernas dos jogadores. Que o diga a torcida flamenguista. Taí a “FLAGAY”, maior torcida gay organizada, que misturou o rosa à bandeira rubro negra, que não nos deixa mentir. Será que eles são?

Samba: Coisa de malandro, sambista, carioca da Lapa, protetor das cabrochas, que gingam e riscam o chão. Na Bateria, pra segurar o surdo, tem que ser machão. Mas é justamente no ecoar de um apito ou no rufar do tambor que a máscara cai e “elas se revelam”.

É a maior “sensação”. Dizem por aí que quem olha pra destaque no Carnaval, no fundo, no fundo é gay? E quem desfila em carro alegórico? Será que é?

Carnavalescos, Puxadores, Mestres-Salas, Diretores de Bateria... Tem muita gente, que ainda como antigamente, espera os dias de MOMO chegarem para “sair do armário”. Falando nisso, será que o Rei Momo (do Real e do Virtual) são gays?

Gay, viado, pederasta, boiola, baitola... Não importa o nome. Olhe para o lado nesse exato momento e pergunte: Será que ele é?

Olha a cabeleira do Zezé
Será que ele é? Será que ele é?


André Bonatte (Carnavalesco e Designer)
Paulo Renato (Consultor sobre assuntos boiolísticos)



BIBLIOGRAFIA:

BICHA MALUCA, publicações limitadas
Mendys, Jorge – Editora: Terceira Idade

CABOCLO FOFOQUEIRO
Vaz Aranha – Editora: CIPÓ

PENINHA
Imperiano, Mauro – Editora: Serrano

HISTÓRIAS NÃO CONTADAS NA ESCOLA
Tia Anastácia – Editora: Facão Ltda

HOMOSSEXUALISMO? NÃO TEM PROBLEMA!
Vaz, Paulo – Editora: Tá no ponto

EU JÁ SABIA
Mingau, Pedro – Editora: LADRAO